terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

“Combustíveis verdes” na berlinda


O lobby dos biocombustíveis continua forte mundo afora e dá sinais de que tem condições de driblar as críticas de algumas pesquisas internacionais, as quais dizem que a produção de biodiesel e etanol causaria danos graves ao meio ambiente. Representantes da União Européia (UE) também têm feito declarações negativas a respeito dessas fontes de energia. Mas nada disso parece diminuir a força dos argumentos dos biocombustíveis. Em entrevista à rede BBC, há 40 dias, o comissário europeu para o Meio Ambiente, Stavros Dimas, chegou a dizer que a UE subestimou os desmatamentos provocados pela expansão das lavouras de soja e milho. Em outra ocasião, a Academia de Ciências do Reino Unido informou que o uso do biodiesel na frota local não deve diminuir as emissões de gás carbônico (CO2), principal gás do efeito estufa.


No começo do ano, a revista Science divulgou um estudo do Instituto Smithsonian, do Panamá, no qual afirmou que, de 26 tipos de biocombustíveis analisados, 12 provocam mais danos ao meio ambiente do que as alternativas fósseis, como petróleo. Na lista negra, apareceram o etanol e o biodiesel produzidos no Brasil, em decorrência do uso intensivo de água e fertilizantes nitrogenados e da emissão de resíduos nos rios.

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